quarta-feira, 22 de agosto de 2007

QUE O SORTEIO DO ÁRBITROS DE FUTEBOL TERMINE

Sr. Presidente da Comissão Nacional,
Sr. Presidente da Junta Interventora da Anaf,
Amigos árbitros e árbitras.


Estive na audiência-debate realizada na Càmara dos Deputados, com vistas a discutir vários pontos do Projeto de Lei do Estatuto do Desporto, de autoria do Deputado SIlvio Torres, tendo como relator o deputado Gilmar Machado.

Presidente da Comissão de Desporto e Turismo e Presidente da Sessão: Deputada Lídice da Mata.

Acerca de todos os pontos de interesse da categoria, tive a oportunidade de falar e requerer em publico. Lá estavam muitos interesses em jogo, principalmente, dos clubes.

Estavam presentes: Eurico Miranda e cia, pelo clube dos 13. Rede Globo, Record. Associação dos atletas profissionais, dentre outros segmentos do esporte, mais efetivamente, do futebol.

Há muito boa vontade por parte do Deputado Gilmar Machado m relação às nossas propostas. Como relator, aquele Deputado mostra-se receptivo aos nossos pleitos, já há alguns anos.

Era nosso objetivo, caso se concretizasse a nossa eleição, na condição de Presidente da Anaf, (não fosse a sequencia descarada dessa trupe em ação), trabalhar incansavelmente para o fim do sorteio, regulamentação da profissão e outros pontos mais, inerentes à nossa atividade de arbitragem. Mesmo sem a efeitva posse como Presidente da Anaf, nada nos impede de tratar dos interesses da categoria. Nada, nem ninguém, vale registrar.

Não foi surpresa, e não seria diferente, saber que não há uma única alma que defenda qualquer interesse da arbitragem, enquanto outros segmentos se articulavam em fortes e poderosos grupos.

É uma pena que por falta de escrúpulos de quem se arvora a se candidatar a presidir uma associação que defenda os interesses de uma classe desprotegida, órfã, possamos continuar a não ter um representante legal, justamente, por causa dessas pessoas que mostram quão mal fazem à categoria.

Estamos fadados a ser o produto final de um processo em que todos lutam por seus interesses, e não são poucos. Nos carimbaram na testa que somos incapazes de realizar uma eleição simplória, devido às mazelas de uns caricaturados travestidos de pretensiosos dirigente, quanto mais de formar correntes defensoras dos nossos objetivos. Se não nos mobilizarmos, nos engolem. Eu vi bem de perto.

Eu teria vergonha de estar na pele desses maus-caráter que tanto dano causam à categoria. Como fiquei envergonhado quando cheguei ao plenário e pude constatar que não tínhamos o mínimo de organização para defender nossos interesses. O interesse de muitos honestos que trabalham duro para cumprir com as suas obrigações, enquanto esses aventureiros continuam a nos impedir de trabalhar, coisa que não fizeram quando tinham a obrigação de fazê-lo.Tudo isso porque ainda não conseguimos fazer andar uma Associação, instrumento poderoso na consecução de metas. Simbolismo de uma classe organizada, sabedora de seus anseios. Ao contrário, patetas desenterrando liminares em cima de liminares para impedir que muitos sejam beneficiados pela mobilização, como estão conseguindo fazer o espetáculo circense se perpeturar. É o retrato da ignorância, da insensatez e da covardia de pessoas desqualificadas.

Não ouso citar seus nomes para não infestar de virus e bactérias o meu computador.

Fiz um sucinta explanação, tentando transmitir aos presentes que a nossa atividade, além da importância que a reveste, é composta por pessoas idôneas e responsáveis. Defensoras da prática da transparência para que a importância do árbitro no contexto seja elevada à potência que a classifique com merecimento.

Tentei mostrar o esforço produzido pela Comissão de Arbitros da CBF, no sentido de formar e aperfeiçoar o árbitro das listas nacional e internacional. Tive chance de relatar, rapidamente, todas as ações da Comissão Nacional e da Sub-comissão de ensino acerca dos projetos desenvolvidos desde o ano de 2005. Ainda, o que se tem planejado para um futuro próximo.

Enfim, acredito que tenha levado a imagem da arbitragem, naquele forum, a um patamar que muitos não imaginam que mereça estar. Haviam muitas pessoas na assistência e tive a oportunidade de ouvir comentários elogiosos ao trabalho sério que a arbitragem brasileira vem desenvolvendo.

Não há mistério. Só precisamos de pessoas sérias e comprometidas com a nossa causa. Trabalhar, nós sabemos. Capacidade, todos nós temos.

Me comprometi com o Deputado Gilmar Machado a lhe dar todo o apoio durante este período em que se discute o Estatuto do Desporto. Por residir em Brasília, ficamos ajustados na minha presença àquela Casa para ajudar a escrever parte da nossa página.

Abraços a todos.

Jorge Paulo (Presidente eleito e com esperanças, (ainda) de poder representar dignamente a categoria profissional tão aviltada por pessoas que um dia fizeram parte dela, para nosso desprazer).

sábado, 28 de julho de 2007

O circo chegou...



Antigamente, em bairros das cidades grandes ou em cidades pequenas desse imenso Brasil, era uma festa quando o circo aportava. Com pouca ou quase nenhuma opção de lazer, a comunidade frequentava aquelas tendas montadas quase sempre com muita simplicidade, para dar boas gargalhadas, mesmo sabendo que as atrações eram sempre as mesmas. Era uma festa.

Com o perdão que peço aos palhaços "sérios" pela comparação, pois eles nao merecem tamanha ofensa, comparo as eleições da Anaf com os circos que chegavam naquela época tão gostosa das nossas infâncias.

No circo da Anaf, a cada dia uma novidade daqueles que não têm sequer dignidade para pleitear ser o legítimo representante dos árbitros.

Avisemos a esses que não faremos parte do espetáculo que a própria vida deles se tornou. Não seremos protagonistas de tantas outras palhaçadas produzidas por quem nao tem nada a perder.

Para quem já perdeu a diginidade, falta muito pouco para perder a vergonha.

Parece que a crise de decência, ou falta dela, não se verifica somente na política partidária-profissional. Deve ser "fashion", como diz a meninada, ser mau-caráter.
Pelo menos a população assiste a esses espetáculos todos os dias. É só ligar a televisão.

Infelizmente, o nosso circo também está armado desde quando eu resolvi me candidatar à Anaf. O requisito era que eu não quizesse ser decente, correto, transparente.
Enfim, que não fosse eu.
Se eu aceitasse o convite de bastidores, feito por ambos os adversários, para dar continuidade a "sombrias transações", na condição de vice deles, hoje, eu estaria eleito (com eles) e o meu lugar no picadeiro estava garantido. O palhaço aqui não aceitou, lõgico!!

Mais uma brincadeira de palhaço para enganar a platéia.

Os verdadeiros palhaços seriam toda a categoria. Seríamos todos nós enganados por mais três anos, depois dos infelizes e improdutivos últimos três.
Cada um deveria ir para o jogo com aquele nariz vermelho de palhaço e teríamos que solicitar à penalty uma camisa de árbitros bem apropriada.
Seria um modelito com a camisa de colarinho bem largo e cores vibrantes para que os comentaristas de arbitragem pudessem ressaltar no intervalo: "o árbitro apitou bem e continua a desenvolver melhor ainda o papel de palhaço lhe imposto pela sua própria entidade de classe".


A página da Anaf, agora sem censuras, sem um dono, revela que mais um expediente protelatório fôra interposto pelo Sr. Travassos. Candidato que recebeu a "expressiva" votação de 20 colegas que optaram pelo seu retorno. Talvez até por não saberem do que ele seria capaz, vide documentos expedidos pela Comissão Eleitoral, onde este cavalheiro agrava (recorre) da decisão do Juiz que determina nova eleição, depois de ter sido provocada por ele mesmo.
Este parágrafo não dá "processo". Sem chance de ganhar um dinheirinho em cima de mim!!

É a gente olhar no espelho e se sentir mesmo um VERDADEIRO PALHAÇO.

Se até agora foram meses sem resgatar a Anaf desse abismo, poderá ser mais um ano, dois, três...

Não se sente falta porque já foram três anos sem nada ser feito. Ficar mais três não fará diferença nenhuma.
A sensação desagradável nisso tudo é a sensação de palhaço que os donos do picadeiro carimbaram em nossas testas.

De bobo, eles só têm aquelas caras e o jeito de andar.
Foi tudo muito bem articulado e os palhaços (nós) continuamos a engolir esse pudim de arame farpado.
Malas difíceis de serem carregadas.
Um faz pose de bonzinho para a sua platéia e o outro com "expressiva votação" se presta a ser "laranja".
Ou seja, ninguém tem nada a perder. São dois derrotados que não aceitam a derrota. Se revestem com desculpas mais idiotas que já se ouviu. Ambos têm profundos interesses nisso tudo. Não largam o osso porque deve estar podre no tutano. Como dizem os gaúchos, "morrem abraçados".

Mortos já estão, falta sepultar. Mesmo que "vençam" em todos os tribunais, morreu a dignidade de alguém que deseja representar profissionais sérios. Essa não se ressuscita.

Lógico, que eles sabem que não voltarão mais a dirigir a Anaf. O que querem mesmo é continuar no circo falido para ocupar os seus enfadonhos dias e, aproveitando, o ocaso, encobrir o que não será jamais explicado. Com isso já conseguiram sonegar a prestação de contas que deveria ter sido feita "aos palhaços" na última assembléia.

Enquanto isto, ganham tempo, não deixam que projetos sérios sejam postos em prática. Evitam comparação com anos de obscuridade, de falta de transparência com a coisa alheia. Continuam com a falta de honestidade com todos nós.

Assim é fácil, fundar o circo, passar pra dentro e fazer da platéia centenas de palhaços.

Só falta alguém para aplaudir, mas com dinheiro dá prá comprar as palmas.



Mais uma vez, me perdoem os verdadeiros palhaços.



Jorge Paulo, o palhaço eleito.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Nova eleição para ANAF

Caros amigos Presidentes de Sindicatos:


Após conturbado processo eleitoral, do qual V.Sa. teve conhecimento dos acontecimentos que pautaram esses intermináveis meses de disputa eleitoral, venho me comunicar desta vez, para ratificar o meu agradecimento pela paciência que tiveram durante esses longos meses e pelo apoio do qual fui merecedor.
Foram muitos fatos que agora seria desnecessário elencá-los.
Contudo, algumas coisas não podemos deixar de relatar, em respeito à categoria e seus representantes legais.
Posteriormente, a duas vitórias legítimas, a primeira pela vontade dos árbitros e a segunda pela manifestação dos representantes dos mesmos árbitros, não logramos êxito na possibilidade de iniciar um trabalho sério e profícuo frente á ANAF. Qual a causa dessa frustração? São inúmeras. Algumas são claras, cristalinas. Outras, só o tempo dirá. Nada melhor para nos responder que o tempo, o senhor das decisões.

Viramos a página das eleições.

Aguardamos a data da posse, mas se deu início o nosso calvário. Aqueles que perderam nas urnas, quiseram ganhar na truculência. Por quantas vezes relatei nos meus comunicados que estávamos revivendo páginas cinzentas da nossa história. Voltamos a conviver com pessoas de ranço ditatoriais. Pessoas que se usam de artifícios para fazer valer as suas vontades, desrespeitando idéias, vontade do grupo, bom-senso.
Só não imaginávamos que tudo isso não tivesse limite. Nem que as armas seriam as tais tão citadas nos textos de Maquiavel. Verdadeiro vale-tudo. Tudo mesmo, do pior que possa se imaginar. Voltava sempre a mesma pergunta: Por que tudo disso? Será que é pra esconder alguma coisa? Falta prestar contas, mas este é um aspecto técnico. É só comprovar gastos com o que foi recebido e está sanado o problema. Não acredito em maiores consequências. Enfim, auditores contábeis são os profissionais mais abalizados para atestar esses procedimentos como corretos ou não. Não é preciso ultrajar a moralidade e respeito às pessoas. Me recuso a acreditar que o problema seja somente prestação de contas. Enfim, vamos aguardar...

Não satisfeitos, desde o dia do segundo turno, acionaram o judiciário rogando aos céus tutela jurisdicional, quando perceberam que estavam perdendo com legitimidade.

A título de informação, me refiro aos outros candidatos no plural não porque são dois outros, sim porque se uniram contra mim, formando um só corpo, uma só mente,na alcova. Porém, em público, no teatro, juram ódio eterno.

Tudo isso está comprovado na formulação dos atos jurídicos que formam o corpo da ação impetrada com a feroz tentativa em não nos deixar tomar posse e conhecermos o que ocorre nos meandros da associação. Esta sim, é uma verdadeira caixa preta. Imaginemos o pior, pois nada de bom poderá advir, senão não justificaria tal comportamento, suponhamos.

Chega-se às raias do inimaginável o que se está fazendo para não nos passarem a associação a nós, que fomos eleitos, legitimamente. Ouço todos os dias deles que naquela cadeira não sento. Não tem problema, vamos ter que comprar móveis novos mesmos. Os da Anaf pertenciam a outra Entidade. Aproveito e compro uma nova cadeira, com fluídos positivos no sentar. Eles são as próprias metáforas.

O que todos devem saber:

Nestes exaustivos e intermináveis momentos pelo qual passamos há meses, sou obrigado e grato a admitir que não fosse a mobilização das Regiões Norte e Nordeste do País, através dos membros dos Sindicatos daquelas Regiões, com atuação incansável, conhecedores profundos de Direito Sindical, dias e dias de deslocamentos terrestres e aéreos, para reuniões em outros Estados, leva e traz de advogados abnegados à presença de juízes, páginas infindáveis de redações de matérias jurídicas para apresentar em tribunais, gastos de ordem pessoal, enquanto os outros candidatos gastavam o que tinha em caixa pago pelo trabalho dos árbitros, possivelmente. Se nada disso tivesse acontecido, teríamos perdido tudo no primeiro "round", como um lutador que leva um direto e vai à lona. Só quem passou pelo que passei, sabe o que estou falando. às vezes eu não acreditava no que estava vendo. Pensava comigo, até onde vai a "capacidade" humana!

Se eu ficasse aqui um ano, dia após dia, agradecendo a essas pessoas, não conseguiria externar todo o meu agradecimento.

Amigos, a categoria os agradece. A classe de profissionais de brio e decência agradece a esses companheiros e aos advogados que aprendemos a respeitar e admirar como verdadeiros companheiros de luta. Eu e toda a minha chapa, os agradecemos e os admiramos por tamanha competência e espírito de luta.

Pessoas que abraçaram a nossa causa sem pedir qualquer coisa em troca. Pessoas que pregam a dignidade em nosso meio, já tão criticado por todos.

Profissionais incansáveis que traziam brilho nos olhos quando venciam etapas.

Nunca os falei o que digo agora. Há momentos para tudo na vida e hoje, mesmo não sendo um vitorioso pleno neste Pleito, os agradeço por terem dado a vitória à categoria dos árbitros. Profissionais que não merecem o que passam por conta de uns poucos irresponsáveis e descompromissados com a causa da arbitragem, mesmo dizendo o contrário e tentando cortinar o presente com fumaça de um passado de pseudas lutas em favor da classe.

Amigos, não se iludam, o combate foi e ainda será muito duro.

Depois da Justiça.

Como disse acima, era de se esperar tudo que pudesse frustrar o pleito eleitoral. São pessoas que não estão acostumadas com disputa, com democracia, com respeito ao direito do próximo. Carimbam a testa das pessoas e querem fazer disso uma verdade. Estão obsecados pela permanência na Entidade, ou volta a ela.

Nunca houve eleição para a ANAF. Jamais, o árbitro votou em seu representante legal

Lá no início do processo eleitoral, na inscrição da chapa, o último ex-presidente já esbravejava aos quatro ventos que a minha chapa seria impugnada, mesmo antes de eu inscrevê-la. É ou não uma releitura às páginas da ditadura que assolou o Páis em tempos remotos? Levou, inclusive, muita gente a acreditar que seria chapa única, blasfemando contra a minha vontade em concorrer. Zombou até, disse a alguns que passaria como um trator sobre mim.

Não deu outra. Quando apresentei a inscrição da chapa NOVO TEMPO (nome muito apropriado para o momento que vivemos), o veto foi inevitável. O que fôra anunciado com bastante antecipação, se concretizava pela caneta voraz da insensatez.

Mais tarde, com o tempo mostrando a sua cara, pude atestar que era simplesmente medo da disputa. Medo de mostrar a cara para todo mundo cobrar alguma coisa a mais que o exercício de cobrança da anuidade.
Agora o medo é de mostrar com transparência o que se efetivou em três anos de mandato. A que se destinou a arrecadação do dinheiro dos árbitros, dos sindicatos, dos patrocínios recebidos em nome da categoria etc. Certamente, tudo está bem detalhado nos assentamentos contábeis, sob pena de toda a categoria vir a cobrar o que lhe é de direito.

Eles bem sabem que existe Justiça, Tribunais, justamente, para isso e não fariam o que é capitulado nos códigos como ilegal.

Tribunais esses, que agora verificando um amontoado de impropriedades eleitoreiras, de cunho pessoal, com auferição de vantagens meramente individuais, DETERMINOU que se realize nova eleição. Mais ainda, dá como legítima a Junta Governativa eleita pelos senhores Presidentes dos Sindicatos quando da Assembléia de Recife. Ou seja, mesmo com o dissabor de mais uma vez ver frustrada a eleição ganha nas urnas, pelo mais cabal e legítimo processo democrático, estaremos prontos para atender às exigências da Justiça e participar deste novo pleito.

A diferença agora é que, (voltamos ao senhor TEMPO), passamos a conhecer determinadas pessoas que se escondiam sob máscaras até que um dia todas caíram. Sabemos agora quem é quem. Sem maquiagens vamos para mais esse combate.

Não tenho o mínimo constrangimento em pedir apoio dos companheiros e reafirmar os meus compromissos com o fortalecimento dos Sindicatos, da categoria num todo. Tenho enorme orgulho em ter sido escolhido pelo maioria dos árbitros e por quase a totalidade dos Presidentes. Alguns outros não nos deram a honra dos seus votos porque foram honestos com os compromissos firmados com o último ex-presidente. Este é um novo momento e muitas coisas aconteceram para nos ajudar a formar juízo acerca dos fatos ocorridos neste Pleito que se encerrou com a decisão do Mm. Juíz, determinando nova (e limpa) eleição.

Obrigado a todos que lutaram até agora, muito obrigado mesmo!!

Me coloco à inteira disposição de todos os companheiros e, se recursos tivesse, ou vir a conseguir, gostaria de me deslocar a cada Sindicato para uma reunião esclarecedora com toda a categoria do Estado. Vou canalizar esforços para que nesse próximo período eleitoral, eu possa me fazer presente em cada Sindicato desse enorme Brasil. Os Sindicatos que puderem me ajudar neste intuito, peço a gentileza que viabilize o meu deslocamento. Com toda certeza, já será um início dos trabalhos que nos propomos a desenvolver nesses próximos três anos. Serão anos que entrarão para a história da arbitragem brasileira, não tenho receio em tal afirmação porque estou pronto para ser cobrado, por isso deixo registrado nesse meu escrito.

Muito obrigado pela sua amizade e colaboração.

Jorge Paulo

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segunda-feira, 18 de junho de 2007

Decisao Judicial - Comentário

Caríssimo amigos,

Numa decisão anteriora setença que enviei a vcs, o Juiz determinou que a Junta Governativa que vale é a nossa, graças a Deus e a união de todos, conseguimos obter uma grande vitória.Todos os 20 sindicatos estão de parabéns, vamos agora agir com cautela de acordo com a orientação da justiça e conduzirmos o Jorge Paulo a presidência.Estou muito orgulhoso de todos, apesar de todas as injustiças e sacanagens, daqueles que pouco fizeram e hoje nada faz e só querem promoção pessoal e utilizam a classe de arbitros para conter as suas fustrações e sucessos não adquiridos durante a carreira ou em qualquer processo da vida.Chega de sacanagens, a ANAF está acima de todos, pois sem categoria e sem união ninguém chegará a lugar algum.Parabéns a todos e muito obrigado pela confiança depositada ao longo de todo esse processo.


Salmo Valentim.







Decisao Judicial

Processo nº: 2007.001.018551-6
Movimento: 20
Tipo do movimento: Conclusão ao Juiz Sentença:

SENTENÇA Jorge dos Santos Travassos propôs ação ordinária em face de Associação Nacional dos Árbitros de Futebol - ANAF. Alega, em resumo, que ajuizou cautelar perante o Juízo da 22ª Vara Cível tendo sido deferida liminar para participação no processo eleitoral da Chapa 2, encabeçada pelo autor; que a ré, intimada da decisão, expediu documento informando que a ordem seria acatada; que no dia 12.01.07., dia das eleições, foi expedido documento onde a ré, através do Presidente da Comissão Eleitoral, manifestava a existência de conflito entre o edital publicado no Diário Oficial e o enviado às entidades associadas, no tocante ao quorum e a questão da segunda convocação; que apesar de ter expedido documento informando que acatava a participação da Chapa 2, por força da decisão judicial, a ré impediu que os participantes da aludida chapa participassem do pleito; que existem duas atas de apuração do pleito; que a Chapa 2 formulou pedido de recontagem e a comissão eleitoral determinou que aguardaria o envio das atas, listas de presença e cédulas até o dia 23.01.07.; que até 09.02.07. a Chapa 2 não foi comunicada da complementação da remessa da documentação eleitoral e da data da realização da recontagem de votos; que votaram árbitros inaptos e impedidos de votar árbitros aptos, contaminando a legalidade e legitimidade do pleito. Pugnou pela procedência do pedido para anulação da eleição realizada. Alternativamente pugnou pela suspensão do processo eleitoral até decisão final da presente ação, constituindo-se junta interventora para realização de novo processo eleitoral. Às fls.69 decisão do Juízo da 22ª Vara Cível determinando a livre distribuição do processo. Às fls.76 foi concedida parcialmente a tutela antecipada para que o réu se abstivesse de realizar o segundo turno até demonstração da recontagem de votos com participação do autor. Às fls.83 manifestação da ré informando que estaria cumprindo a determinação do Juízo. Às fls.88 certidão dando conta que a ré não apresentou contestação. Às fls.126/127 o autor dá notícia de descumprimento da tutela e pugna pela constituição de junta interventora na entidade. Às fls.129/158 petição da ré, representada por Junta Governativa eleita pelos filiados, juntando documentos. Às fls.171/174 decisão chamando o feito à ordem. Às fls.189/196 petição do autor. Às fls.192/196 petição da ré. Às fls.203 decisão reconsiderando parcialmente o despacho de fls.171/174. É o relatório. Decido. Impõe-se o julgamento no estado da lide eis que a matéria a ser decidida nos autos é puramente de direito. Cuida-se de ação através da qual o autor postula a anulação da assembléia da associação ré, realizada em 12.01.07., alegando a existência de vícios que comprometem a legalidade e legitimidade do pleito. Foi concedida tutela antecipada às fls.76 para que o segundo turno não fosse realizado até a demonstração da recontagem dos votos deferida pela própria entidade. A requerida ingressou espontaneamente nos autos em 26.02.07. informando a ciência acerca do presente processo bem como da tutela deferida. Informou mais que estaria tomando as providências para cumprimento da determinação. Deixou, outrossim, de contestar o feito conforme se verifica da certidão de fls.88, sendo certo que a subscritora da petição de fls.83 foi regularmente constituída pelo representante legal da entidade à época dos fatos, conforme instrumento de mandato de fls.84. Por outro lado, o demandante peticionou nos autos às fls.126/127 informando sobre o não cumprimento da ordem. O feito foi chamado à ordem pelo despacho de fls.173/174 que declarou a inexistência da Junta Governativa formada pelos Sindicatos filiados bem como da assembléia realizada sem autorização expressa do Juízo, por contrariar a tutela concedida liminarmente. Nesta data a decisão supra referida por reconsiderada parcialmente no tocante à formação da Junta Governativa pelos motivos ali declinados. Com efeito, a constituição da administração provisória era absolutamente necessária, ante o fim do mandato do então Presidente, e foi levada a efeito segundo as normas estatutárias da entidade. Não obstante a recontagem não tenha sido levada a efeito, tal providência não mais se justifica nesta data. E isto porque a ausência de contestação atrai os efeitos da revelia, nos exatos termos do artigo 319 do CPC. Caracterizada a revelia, reputam-se como verdadeiras as irregularidades apontadas pelo demandante, autorizando a lei o acolhimento do pedido declaratório de nulidade da assembléia, tornando despicienda a recontagem determinada pela decisão liminar e restando prejudicado o pedido alternativo de suspensão. Acrescente-se que o despacho proferido nesta data não acolheu parcialmente o pedido alternativo formulado às fls.08 pois, reconsiderada a decisão no tocante à formação da junta requerida pelo autor, as partes devem retornar ao estado anterior até mesmo como meio de, repise-se, regularizar a representação processual da Associação, em virtude do fim do mandato de seu Presidente. Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para declarar a nulidade da assembléia da entidade ré realizada em 12.01.07. Condeno a ré em custas e honorários, estes que fixo em R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) atento às diretrizes do art.20 parágrafo 4º do C.P.C. P.R.I.

domingo, 3 de junho de 2007

POR QUE ARAGÃO RESISTE TANTO EM ACEITAR A DERROTA?

Que vergonha! Segunda derrota consecutiva e José de Assis Aragão não quer desocupar a cadeira de presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol-ANAF. Seria apego pelo cargo, falta do que fazer na vida ou medo de um novo relatório Pacaembu? Um homem de moral cai, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, já cantava Noite Ilustrada.E, para que ninguém me venha com ameaças de processo, no dia 18 de fevereiro, domingo de carnaval, às 12h36, recebi uma ligação telefônica de quem participou do processo eleitoral da ANAF.

A conversa durou 27min24s e, na condição de jornalista que sou, preservarei o nome do interlocutor.Fiquei sabendo que Aragão, após ser derrotado pela vontade e votos dos árbitros, recorreu ao estatuto provocando um segundo turno. Perdeu de novo pelo desejo e votos dos presidentes de sindicatos. Jorge Paulo de Oliveira Gomes recebeu 13 dos 20 votos. Placar que não deixa dúvidas.O ataque de Aragão ao eleitor foi pesado. Além de prometer computadores, impressoras, bandeiras eletrônicas e até dinheiro em espécie, recebeu ajuda do presidente da Federação Paulista de Futebol-FPF, Marco Polo Del Nero. Segundo quem me telefonou, algumas promessas foram cumpridas e o presidente da FPF mentiu ao falar em nome do presidente Ricardo Teixeira e do diretor Marco Antonio Teixeira, ambos da Confederação Brasileira de Futebol-CBF, pedindo a interferência de presidentes de Federações para que os sindicatos votassem em Aragão como candidato apoiado pela CBF.Não tendo motivos para duvidar do que ouvia e sabedor que a sede da ANAF em São Paulo está localizada em imóvel pertencente a FPF, torna-se fácil entender o apoio de Del Nero a Aragão.Estranho mesmo é pensar por que tanto empenho para manter Aragão no cargo, empenho esse partindo de uma Federação que teve alguns dos seus árbitros envolvidos em escândalos recentemente. Interessante, não? Quando a necessidade de resgatar a credibilidade da arbitragem no Brasil é enorme e muito difícil, recebo informações da compra de votos, mentiras, envolvimentos e uniões indevidas de poderes, colocando sob suspeita um processo eleitoral que deveria ser limpo, transparente, honesto.

Na própria composição da chapa de Aragão, percebe-se que nem os árbitros estão interessados em separar o que é bom do que é ruim. Jorge Rabelo, que um dia falsificou certidão de nascimento, CPF e RG, preside o Sindicato dos Árbitros do Rio de Janeiro e é o vice de Aragão. Quanta credibilidade!Depois do apoio explícito de Del Nero à reeleição de Aragão, dá para entender porque o comando da arbitragem paulista não está nas mãos de um árbitro, e a presença do Sergio Correia na Comissão de Arbitragem da FPF, ele que é presidente do Sindicato dos Árbitros de São Paulo e um dos eleitores do bi-derrotado José de Assis Aragão.

Por Oscar Godoi, colunista do site da Associação de Árbitros da Grande São Paulo


As informãções aqui contidas são de inteira responsabilidade do autor da coluna e nem sempre reflete a opinião do site.

Ciúme, A Erva Daninha na Arbitragem

O ciúme é um sentimento letal. Aos poucos ele se apodera e torna escravo aquele que a insegurança permitiu crescer.


Infelizmente o ciúme é um sentimento vivo dentro do universo da arbitragem. O árbitro vê o outro árbitro como adversário. Demonstra sua insegurança ao tomar conhecimento da escala, querendo pra si o jogo do companheiro, ao invés de desejar-lhe boa sorte.


O ciúme está intimamente relacionado à inveja, a diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda. O ciúme é um desconforto e raiva, e atormenta aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. O ciúme esmaga a auto-estima e se torna em uma verdadeira erva daninha.


O árbitro deve evitar ser contaminado por esta “erva daninha”. O treinamento físico, o estudo e o espírito das regras, bem como o companheirismo, amizade e lealdade, forjados no seio familiar, formarão a vacina da imunidade contra esta praga.


O árbitro imune tem o respeito e admiração da classe. O árbitro imune ocupa seu tempo livre em prol da arbitragem. Este tempo livre é aquele da viagem longa, onde a equipe de arbitragem segue junta no mesmo carro, ônibus ou avião, tempo para o intercâmbio de informação. Tempo para o plano de trabalho a ser utilizado na partida. Tempo para se conhecerem melhor. Tempo da arbitragem de futebol.


O ciúme é venenoso. Ele atinge os árbitros inseguros. Os árbitros que abrem os ouvidos aos fofoqueiros, a famosa “rádio peão”, as intrigas, aos invejosos e principalmente aos derrotados, pois estes são os árbitros que se vestem de cordeiros e na verdade são lobos famintos, que se utilizam das oportunidades para se darem bem.


Somente a vacina não garante total imunidade. Que será obtida através da maturidade e do amor. Assim, esta erva daninha será banida do universo da arbitragem.



Valter Ferreira Mariano

FPF e ACAFCampinas - SP


quarta-feira, 30 de maio de 2007

Ata de Encerramento do 2º Turno das Eleições Administrativas

Ata de Encerramento do 2º Turno das Eleições Administrativas


Realizada em 16 de fevereiro de 2007


1 – Data, Horário e Horário: Aos dezesseis dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e sete, na sede do Sindicato Árbitros de Futebol - SAFESP, sito na Av. Thomas Edison, 273 – Barra Funda – 01140-000, São Paulo, Capital, às 18h00min, foi declarada encerrada os trabalhos de coleta dos votos dos presidentes das entidades filiadas e em dia com à Associação Nacional dos Árbitros de Futebol – ANAF (futura Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol).


2 – Edital de Convocação: Edital publicado no Diário Oficial da União.


3 – Ordem do Dia: Eleições da Entidade Nacional para renovação da diretoria executiva e conselho fiscal (efetivo e suplente), em segundo turno, com as duas chapas mais votadas: 1; “Consolidação da Anaf”; José de Assis Aragão; e 3; “Novo Tempo”; Jorge Paulo de Oliveira Gomes.


4 – Direito a Voto: Em conformidade com o Art. 11 e parágrafos do Estatuto Social, aprovado na Assembléia Geral e relação encaminhada pela Diretoria Executiva da ANAF de 03/12/06, têm direito a voto vinte e dois (22) presidentes de entidades filiadas.


5 – Quorum: Dos vinte e dois (22) presidentes com direito a voto, 20 (vinte) encaminharam as confirmações de votos, o que, para efeito de quorum, corresponde a 91%.


6 – Resultado: A chapa 1 “Consolidação da Anaf”; Sr. José de Assis Aragão recebeu 7 (sete) votos; e a Chapa 3; “Novo Tempo”; Jorge Paulo de Oliveira Gomes recebeu 13 (treze) votos, ver quadro no site http://www.anaf.com.br/documentos/eleicao/atadeencerramentodosegundoturno.htm

7 – Homologação: O resultado divulgado ao final dos trabalhos é preliminar e somente será confirmado após a chegada dos documentos originais.


8 – Ocorrências: Às 17h40min, o sr. Benedito Martinho Correia de Oliveira protocolou junto à Comissão Eleitoral e aos Fiscais da Chapa 1 e 3, o Ofício nº 29/PRES-ANAF/16.02.07 em anexo que trata da citação feita a Dra. Claudia de Almeida Ferreira.


9 – Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata que após lida e achada conforme deverá ser encaminhada aos candidatos e assinada pelos presentes
São Paulo, 16 de Fevereiro de 2007.


Marco Antonio Martins
Presidente da CE

Nelson Souza Gois
Fiscal – Chapa 1

Salmo Valetim da Silva
Fiscal – Chapa 3

terça-feira, 29 de maio de 2007

Carta aos Presidentes

Caro (a) Presidente:


Passados alguns dias desta tumultuada eleição da Anaf, tomo a liberdade de contatar-me com V.sas. para, inicialmente, elencar e apresentar a todos alguns fatos que, realmente, aconteceram durante todo esse processo, em vias de se encerrar.
Obviamente, como está prestes a ocorrer um segundo turno, tenho a necessidade de apresentar com mais detalhes algumas das nossas propostas.

No nosso contato em Florianópolis, devido à pressão que todos sofríamos, não nos possível detalhar algumas situações e nos colocar à disposição para discutir alguns tópicos.

Não sabemos ainda como se dará o cumprimento do pleito eleitoral. A verdade é que na Anaf nunca houve eleição e hoje nos deparamos com um processo claramente democrático, sem a interferência de quem quer que seja e, infelizmente, quem está na situação não aceita isto. Talvez por ter sido empossado pela via condutiva, sem a participação da vontade de todos, apenas com a determinação de quem tinha a caneta às mãos.

Hoje o quadro é outro. É cristalina a possibilidade de todos se expressarem, contrariando ou não interesses. Entretanto, nesses dias de processo eleitoral revivemos dias nebulosos de prática de política de ferro e fogo. Páginas viradas de momentos históricos pelos quais o Brasil já passou e algumas pessoas ainda recrusdecem este ranço, foram ressuscitadas. É inacreditável tudo que foi praticado (e ainda está sendo). Tenho certeza de que a maioria dos Presidentes não conhece a verdade. A muitos só lhes chegam informações e críticas, maldosamente manipuladas a fim de se arrancar um voto aqui, outro ali.

Agora com a possibilidade de um segundo turno, e neste segundo turno, contarmos apenas com os votos dos 21 sindicatos aptos a votarem, podemos nos dirigir mais diretamente aos senhores e abrirmos um canal de discussão em cima de propostas concretas.

Devaneios e acusações não fazem parte do nosso repertório.

Tentaram a todo custo denegrir a minha imagem perante a todos. Entretanto, após infrutíferas tentativas, surgiram as mentiras, por falta de elemento substancial. Só que aquele que vive de mentira não chega muito longe. Tem o ditado que diz ser mais fácil alcançar e pegar um mentiroso que um coxo (manco). O mentiroso deixa rastro e a mentira é a maneira mais fácil de se localizar um incompetente.

Algumas dessas mentiras tentaremos desmascarar nesta oportunidade. Para um universo mais restrito podemos nos dirigir e desqualificar algumas difamações. Para um contigente de trezentos árbitros fica mais difícil vir a um por um e rebater as ardilezas construídas. Não fosse a nossa história de vida, pessoal e profissional, teríamos sofrido toda sorte de injustiça nas urnas. Os árbitros sabem e souberam decidir o que lhes é coerente para unir a classe e receber dividendos através do trabalho em conjunto, vislumbrando um futuro de lutas uníssonas.

O resultado das urnas, foi o retrato da vontade da maioria. Não fosse a implacável aplicação da lei (contra nós), teríamos muitos mais votos a nosso favor. Muitos árbitros foram impedidos de votar porque surgiram "débitos", sabe lá Deus de quando e onde. As respostas nunca chegavam quando se arguia qualquer explicação. Tal qual ocorreu com alguns sindicatos. Reparem bem quais os sindicatos que não puderam votar, justamente, aqueles que não votariam na situação. Enquanto que o Rio de Janeiro, o sindicato que sempre, sistematicamente, sonegava o repasse à Anaf, num toque de mágica estava quite com suas obrigações, tal qual ocorreu com o seu Presidente e candidato à Vice-Presidente pela situação.

As coisas foram feitas de forma tão sorrateira que a mim foi exigido que eu saldasse o que devia (R$ 3.523,00), e todos sabem que assim que estourou aquele Processo da Polícia Federal contra mim, fui obrigado a tomar essa atitude, a qual, à época, comuniquei ao Sr. Presidente da Comissão de Árbitros da CBF e ao Presidente da Anaf. Isto foi amplamente utilizado contra mim. Aliás duas coisas, que eu não pagava e que eu nunca havia participado de nada da Anaf.

Pois bem, sobre o tópico PAGAMENTO DE DÉBITOS.

Paguei o que devia sob pena de ter a minha candidatura impugnada. O que ocorreu antes de eu lançar. Quando se ouviu dizer que eu inscreveria uma chapa, o atual Presidente já antecipava a quem mencionasse esta possibilidade que a minha chapa seria impugnada. Sem ser a pessoa legalmente indicada para julgar essa questão, mas, sentado sobre a propriedade lacônica à Instituição, acreditando não existir leis e subestimando a inteligência e capacidade de todos, ou, retornando ao porões fétidos da ditadura, julgava e executava.

Ora, não seria diferente. Quando lancei a candidatura, veio o veto e o Brasil todo já sabia através da página da Anaf e outros artifícios que a nossa chapa estava impugnada. Tá bom, havia prazo legal para quitar débitos.


Quitar débitos: artigo 11, parágrafo segundo, do Estatuto da Anaf.

Dando cumprimento à norma, dever dos árbitros na sua essência, fiz o pagamento com depósito em dinheiro na conta da Anaf , efetivamente, o meu e de outros companheiros da nossa chapa que ainda tinham débito a saldar.

Para surpresa de todos, os maiores devedores do Brasil: o sindicato do Rio de Janeiro, seu Presidente e candidato a vice na chapa da situação tiveram seus débitos convertidos em Confissão de dívida. Pasmem, foi isto mesmo que ocorreu. Como tudo ainda está pra vir à tona, sabe-se, por alto, que o Sindicato do Rio deve aproximadamente R$ 15.000,00 e seu Presidente uns poucos R$ 9 mil ou R$10 mil. Total desrespeito ao Estatuto e à inteligência de todos nós, simples mortais. Flagrante insensatez, desrespeito generalizado e descumprimento das Leis que regem o Pleito.

Quando eu soube que isto havia ocorrido, por divulgação da Comissão Eleitoral, tentei usufruir do mesmo direito. Ainda havia prazo para isto, mas quem conseguisse encontrar o Presidente da Anaf ou o Tesoureiro ganhava um cruzeiro pelas Bahamas com tudo pago e um fusca zero KM no retorno ao Brasil. Prática subversiva da ordem e dos bons costumes.

Em compensação, como sempre aconteceu na minha vida, deito a minha cabeça no travesseiro e durmo com a minha consciência bem tranquila. Tenho certeza de que sou um exemplo positivo aos meus companheiros. Por isto me propus a mostrar o meu trabalho frente à Anaf. Que o julguem daqui a três anos, não premeditadamente, ou por quem já passou por lá e não disse pra que veio.

Participação na vida da Anaf.

Quem não fazia parte da Anaf não pode testemunhar quantas oportunidades tive para representar a Anaf, principalmente, em Brasília. Eram solenidades, encontros com deputados etc. Muitas outras coisas fizemos a pedido dos Presidentes à época.

Não tenho culpa se a senilidade tomou conta do atual Presidente-candidato. Há três anos, este Senhor me convidou para ser seu vice-presidente. Aceitei o convite, pois, me faltava ainda um ano para encerrar a carreira e era a oportunidade para eu mostrar, mesmo como vice, as minhas propostas de trabalho para quando parasse aos 45 anos. Uma semana depois desse convite, recebi novo contato, no qual o próprio me desconvidava alegando que ainda faltava um ano de trabalho para mim e que convidaria Antonio Pereira, árbitro e pessoa de grande respeito e que me colocaria num outro posto. Este posto foi o Conselho de Ética, basta ver na contra-capa do Estatuto Social da Anaf. O que eu podia falar? Meu nome constou por três anos no Conselho de Ética e mesmo havendo necessidade para convocação do Conselho, jamais foi convocado. Se Antonio Pereira que era vice nunca fôra chamado pra nada, imagine quem faz parte de um simples conselho de Ética. Foi a técnica (ou falta dela) dos grandes ditadores da História. Centralizar para decidir só. A classe (ou o povo) que se dane.

Agora mesmo, quando eu esbocei lançar a chapa, o atual Presidente me telefonou e me ofereçeu a vice-Presidência, pois, segundo ele, precisava ainda de mais três anos para complementar o seu projeto. Que projeto? Se eu não sirvo para ser Presidente, sirvo pra ser vice? Quanta imaginação fértil ! ! !


Diga-me com quem andas que te direis quem és. É antigo, mas verdadeiro.


Esses esclarecimentos eram necessários e me desculpe tomar seu tempo para fazê-los. Quando a gente sofre qualquer injustiça ou difamação, fica difícil sair explicando a um por um. E tenho certeza de que cada um de nós já passou por isso e sabe como dói ter seu nome vilipendiado. Não fomos os primeiros, nem seremos os últimos, mas devemos combater esses artifícios rasteiros e desnecessários.


Comissão Nacional


A acusação mais "grave" que estou "sofrendo" é de ter a candidatura apoiada pela Comissão Nacional de Árbitros da CBF. É o tipo da acusação que todos querem sofrer.

Não precisa ser muito inteligente para se concluir que aquele que quer trabalhar em consonância com os árbitros, Presidentes de Sindicatos, e, tendo o respaldo da Comissão Nacional, trará um benefício enorme para toda a classe. Era justamente isto que eu queria, ter todos unidos numa mesma causa. Ou se quer ainda uma administração voltada para um ou dois Estados, por se julgarem o centro do universo, enquanto os outros Estados ficam à mingua, como estão há tantos anos.

Um exemplo só para ilustrar: o Sindicato do Amapá há três anos necessita de um computador e fez gestão para conseguir da Anaf durante todo esse tempo. Coitados dos colegas de lá. Como o AP, muitos estão precisando se equipar, pagar algumas dívidas, colocar a casa em ordem. Mas a Anaf tem R$ 100.000,00 em caixa e faz poupança com este dinheiro. Ou guarda para ser moeda de barganha, de troca? Não acredito.
Este é só um único exemplo. A gente pode ficar quatro dias relatando incongruências administrativas e falta de capacidade dos administradores para tocar uma Entidade do porte da nossa.

Passei pela experiência de presidir por dois mandatos (reeleito) a Associação da Polícia Federal e pude verificar que se pode transformar os anseios de uma comunidade dando qualidade de vida a ela. Quando exercia o meu mandato naquela Associação, tive a oportunidade e o orgulho de levar para conhecê-la, muitos árbitros que passavam por Brasília e me devam a honra da visita. Muitos testemunharam o trabalho que lá fôra desenvolvido em pról do Associado. Os colegas da Polícia também se orgulhavam muito de conhecer pessoalmente aquele árbitro que por diversas vezes vira pela televisão. apitando grandes clássicos do futebol Brasileiro.


Todos podemos fazer muito quando pensamos de forma igualitária, sem distinção geográfica. Nos Estados em que não estão os expoentes da arbitragem, estão os nossos dígnos companheiros que lutam com muito mais dificuldade para sobreviver no meio e buscar o seu lugar ao sol. Só quem não quer enxergar, não vê que o trabalho desenvolvido pela Comissão Nacional, está voltado para a divisão igualitária das oportunidades. Muitos valores estão para serem descobertos nos recantos do nosso País. Não acontece só com jogadores, acontece com outros profissionais, e os árbitros não fogem a essa regra. Só não dá pra gente continuar a dividir o País em dois Estados. É como fugir das aulas de geografia e depois querer tirar 10 em geopolítica.

Portanto, me acusar de ser o nome da Comissão só me enche de orgulho e ratifica o caminho que devo seguir. Não me furto a dizer que o trabalho com a Comissão será diuturno. Ou alguém concebe que "rachar" com a Comissão é o melhor caminho? Falta inteligência e tato. Trabalhar em conjunto com este exemplo de Comissão que aí está (e que Deus a mantenha por muitos anos ), é ter a metade do caminho percorrido em benefício dos árbitros. Jamais a arbitragem brasileira teve o privilégio de discutir pontos-de-vista. Sentar para ouvir e ser ouvida. Trocar informações, intercambiar conhecimentos. Planejar para crescer e crescer juntos. Esta também é uma das nossas propostas. Teremos a oportunidades de reparar erros, traçar metas, corrigir rotas. Tudo isto sempre com diálogo e participação dos árbitros e Presidentes dos Sindicatos.

Qual o clima ,de agora em diante. que o atual Presidente terá para trabalhar com a Comissão Nacional, caso seja reeleito? Mas para quem quer administrar só para dois Estados, não tem importância.



Somos escravos das nossas palavras e quem sofre as injustiças jamais esqueçe.


Houve mudança na Comissão Eleitoral e ainda não se sabe os rumos a serem seguidos. Sabemos, todos, que o processo Eleitoral foi abastecido de vícios e irregularidades. A começar pela manipulação da Anaf em prol do candidato da situação.


A data das eleições fôra antecipada, contrariando mais uma vez o Estatuto, para coincidir com a pré-temporada de São Paulo. Mais uma vez, não precisa ser muito inteligente para se concluir que no Estado com maior número de votantes , quase todos a favor da situação, era de se esperar que a eleição não seria em data diferente. Se fosse, como fazer com os árbitros que não são da capital? Aliás, na maioria. É mais fácil assim garantir votos no maior colégio eleitoral. Mais ainda, Rio de Janeiro e São Paulo não havia um só árbitro em débito? Todos aptos a votar. É achar que todos nós somos idiotas. Arrumaram uma quitação até para árbitros FIFA que estão na chapa da situação e deviam à Anaf. E não são poucos. Mas vamos deixar isto pra lá. Mesmo com todos esses artifícios peçonhentos ainda conseguimos ganhar nas urnas.

Enfrentamos todo o elenco de irregularidades. É gente vendendo a alma ao diabo para se segurar num posto que até alguns dias atrás não dava a a menor importância.



Até hoje o resultado oficial das eleições não foi divulgado no site da ANAF.




Amigos, como vêem é toda sorte de impropriedades e não foram declinadas nem um décimo. Se fôssemos recorrer à justiça para reparar danos, implodiríamos todo o processo eleitoral, e, talvez, teríamos desclassificado a chapa adversária por descumprir o Estatuto por tantas vezes. O nosso propósito é ganhar com legitimidade, pela vontade dos árbitros, não sob ameaças de retaliação nem de males insanos, ou por ação judicial.


As urnas retrataram esta vontade. Agora com o voto dos Presidentes, oxalá tenha continuidade este Processo Eleitoral, esperamos contar com o seu apoio. Não só para o voto que se fizer necessário, mas, e, principalmente, para exercermos uma administração modelo. Com a participação de todos, com as propostas sendo discutidas no dia-a-dia. Com transparência nas ações. Como o contato estabelecido entre Anaf e Sindicatos, de forma diária, não tão somente na época de eleição.

Alguns Presidentes de Sindicato nunca receberam um só telefonema do atual Presidente. Neste ínterim das Eleições já o recebem por hora ou minuto. Passado o pleito, tudo volta como antes e a retaliação àqueles que não acompanharam os ditames do Ditador, será fatal.

A consonância com a Comissão Nacional é inegável. Não poderia ser diferente. Somos da Sub-comissão de ensino da CBF e, com orgulho, estamos participando, efetivamente, da reformulação sistemática proposta pela Comissão, como é do conhecimento de todos.

Num passado não muito distante, o Presidente da Comissão Nacional escolhia e empossava o Presidente da Anaf. Hoje, para nossa felicidade, o pleito é aberto e a vontade é respeitada. Contudo, não nos furtaremos em pedir o seu apoio, que, certamente, não será negado por conhecer as nossas propostas de trabalho e a nossa força produtiva. Não vejo a hora de começarmos a trabalhar e produzir resultados que há muito não vemos acontecer. A Comissão já está um ano a nossa frente, mas a alcançaremos e teremos um NOVO TEMPO para a história da arbitragem Brasileira.

Com o apoio do Presidente da Comissão de Árbitros, o seu apoio como Presidente de Sindicato e dos árbitros já sacramentado nas urnas, a nossa obrigação em fazer o melhor é inevitável.

Algumas propostas elencadas:

A nossa proposta de trabalho está calcada na participação de todos. Teremos um grande quadro de Assessores da Presidência, formada pela maioria dos Presidentes de Sindicatos, que são os conhecedores dos problemas dos árbitros mais de perto. Para alguns Presidentes , e já foi dito isto bem lá atrás, entregaremos as Presidências Regionais.

Teremos um agendamento, se possível mensal, com o Presidente da Comissão Nacional. O Presidente SEMPRE terá a companhia de Presidentes dos Sindicatos e membros da Diretoria.

A meta de auxílio, reequipamento, melhora na logística, e outras melhorias que se fizerem necessárias aos Sindicatos, será traçada por todos os Sindicatos e se obedecerá, rigorosamente, o cumprimento dos compromissos assumidos.

Temos a idéia de associar todos os árbitros federados, hoje em torno de 4.000 companheiros e com a quantia arrecadada pela anuidade desses árbitros, suprir igualitariamente os 27 Sindicatos. Ou seja, o Sindicato que tenha hipoteticamente 10 associados, receberá o mesmo que o que tenha 500 árbitros. É uma verba extra que ajudará e muito aos sindicatos e a Anaf repassará 100% da verba. Discutiremos uma anuidade que não pese para o árbitro que ingressar e isto o fará se sentir valorizado, pois participará como os árbitros do quadro nacional e internacional. Em resumo, o que se arrecadar desse universo novo que se integra à Anaf, por ano, será destinado a todos os Sindicatos igualitariamente. Obviamente, não será só esta a participação da Anaf para com os Sindicatos. Este é um projeto inovador e que benefecia o árbitro que entra, bem como as bases, para uma melhor qualidade de vida administrativa.

Para toda e qualquer destinação das verbas da Anaf, será necessária a aquiescência dos Sindicatos, registrada em documento.

Os associados, Presidentes de sindicato e Comissão Nacional, acompanharão, através de acesso por senha, toda a movimentação financeira da Anaf "on line". Implantaremos um sistema de dados de última geração para acompanhamento diário do que entra e sai dos cofres da Anaf e como será utilizado este recurso. Qualquer que seja a sua origem.

Tendo necessidade da sede transitória, no caso em Brasília, os Presidentes de Sindicatos se revezarão em temporadas para acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos, principalmente, frente ao Congresso Nacional, em benefício da categoria e consecução de melhorias previstas em lei.

Os árbitros, Presidentes e membros da Diretoria, terão Assistência Jurídica permanente. Contatos já foram feitos com o Dr. Diniz para tal feito e o mesmo se colocou à nossa disposição.

As passagens aéreas, para atender chamamento do Tribunal serão custeadas pela Anaf. Bem como hospedagem e transporte.

Nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, principalmente, pelo maior fluxo de árbitros, terá à disposição dos árbitros um esquema de transporte para jogos e outros deslocamentos.

Haverá, ao final de cada ano, por intermédio da Anaf, a votação dos melhores árbitros e assistentes, masculino e feminino, com a premiação de uma viagem, com direito a um acompanhante. Os votos serão dados pelos árbitros e Presidentes de Sindicatos. Este modelo fôra implantado em Brasília.

Semestralmente, haverá reunião de trabalho com todos os Presidentes de Sindicatos e Diretoria. Locais a serem postos em votação.

A Anaf criará um espaço de lazer para arbitros e familiares, em um litoral a ser definido posteriormente. Neste local faremos o encontro dos Presidentes, inclusive.

Muito trabalho...

Amigos, como se vê, temos muito a fazer. Estamos dispostos a encarar este desafio de frente e lutar por melhorias e inovações. Serão três anos de muito dinamismo. Só estamos pedindo a chance de poder mostrar o nosso trabalho. A avaliação será inevitável mas não nos assusta. Estamos conscientes dos compromissos assumidos e estamos confiantes quanto à consecução dos mesmos.

Os meus contatos são: (61) 9983 8845 (61) 3427 2336 (Residência). Trabalho não tenho mais. Os meus patrões serão a Anaf e todos os árbitros.

Nos próximos dias estarei com um pouco mais de frequência na cidade do Rio de Janeiro, onde estou prestando colaboração à montagem do plano de segurança montado para o evento do Panamericano, em Julho. Estaremos trabalhando com as comunidades carentes. Favelas no Rio.O que me orgulhou muito em ser convidado para mais esta missão.

Estou aberto à critica e sugestões. Nada pode ser definido por uma só pessoa quando o objetivo maior é bem estar para todo um grupo.

Agradeço pelo apoio recebido até este momento e espero ser merecedor deste apoio eternamente. Obrigado pela sua atenção e amizade.


Jorge Paulo de O. Gomes