sexta-feira, 22 de junho de 2007

Nova eleição para ANAF

Caros amigos Presidentes de Sindicatos:


Após conturbado processo eleitoral, do qual V.Sa. teve conhecimento dos acontecimentos que pautaram esses intermináveis meses de disputa eleitoral, venho me comunicar desta vez, para ratificar o meu agradecimento pela paciência que tiveram durante esses longos meses e pelo apoio do qual fui merecedor.
Foram muitos fatos que agora seria desnecessário elencá-los.
Contudo, algumas coisas não podemos deixar de relatar, em respeito à categoria e seus representantes legais.
Posteriormente, a duas vitórias legítimas, a primeira pela vontade dos árbitros e a segunda pela manifestação dos representantes dos mesmos árbitros, não logramos êxito na possibilidade de iniciar um trabalho sério e profícuo frente á ANAF. Qual a causa dessa frustração? São inúmeras. Algumas são claras, cristalinas. Outras, só o tempo dirá. Nada melhor para nos responder que o tempo, o senhor das decisões.

Viramos a página das eleições.

Aguardamos a data da posse, mas se deu início o nosso calvário. Aqueles que perderam nas urnas, quiseram ganhar na truculência. Por quantas vezes relatei nos meus comunicados que estávamos revivendo páginas cinzentas da nossa história. Voltamos a conviver com pessoas de ranço ditatoriais. Pessoas que se usam de artifícios para fazer valer as suas vontades, desrespeitando idéias, vontade do grupo, bom-senso.
Só não imaginávamos que tudo isso não tivesse limite. Nem que as armas seriam as tais tão citadas nos textos de Maquiavel. Verdadeiro vale-tudo. Tudo mesmo, do pior que possa se imaginar. Voltava sempre a mesma pergunta: Por que tudo disso? Será que é pra esconder alguma coisa? Falta prestar contas, mas este é um aspecto técnico. É só comprovar gastos com o que foi recebido e está sanado o problema. Não acredito em maiores consequências. Enfim, auditores contábeis são os profissionais mais abalizados para atestar esses procedimentos como corretos ou não. Não é preciso ultrajar a moralidade e respeito às pessoas. Me recuso a acreditar que o problema seja somente prestação de contas. Enfim, vamos aguardar...

Não satisfeitos, desde o dia do segundo turno, acionaram o judiciário rogando aos céus tutela jurisdicional, quando perceberam que estavam perdendo com legitimidade.

A título de informação, me refiro aos outros candidatos no plural não porque são dois outros, sim porque se uniram contra mim, formando um só corpo, uma só mente,na alcova. Porém, em público, no teatro, juram ódio eterno.

Tudo isso está comprovado na formulação dos atos jurídicos que formam o corpo da ação impetrada com a feroz tentativa em não nos deixar tomar posse e conhecermos o que ocorre nos meandros da associação. Esta sim, é uma verdadeira caixa preta. Imaginemos o pior, pois nada de bom poderá advir, senão não justificaria tal comportamento, suponhamos.

Chega-se às raias do inimaginável o que se está fazendo para não nos passarem a associação a nós, que fomos eleitos, legitimamente. Ouço todos os dias deles que naquela cadeira não sento. Não tem problema, vamos ter que comprar móveis novos mesmos. Os da Anaf pertenciam a outra Entidade. Aproveito e compro uma nova cadeira, com fluídos positivos no sentar. Eles são as próprias metáforas.

O que todos devem saber:

Nestes exaustivos e intermináveis momentos pelo qual passamos há meses, sou obrigado e grato a admitir que não fosse a mobilização das Regiões Norte e Nordeste do País, através dos membros dos Sindicatos daquelas Regiões, com atuação incansável, conhecedores profundos de Direito Sindical, dias e dias de deslocamentos terrestres e aéreos, para reuniões em outros Estados, leva e traz de advogados abnegados à presença de juízes, páginas infindáveis de redações de matérias jurídicas para apresentar em tribunais, gastos de ordem pessoal, enquanto os outros candidatos gastavam o que tinha em caixa pago pelo trabalho dos árbitros, possivelmente. Se nada disso tivesse acontecido, teríamos perdido tudo no primeiro "round", como um lutador que leva um direto e vai à lona. Só quem passou pelo que passei, sabe o que estou falando. às vezes eu não acreditava no que estava vendo. Pensava comigo, até onde vai a "capacidade" humana!

Se eu ficasse aqui um ano, dia após dia, agradecendo a essas pessoas, não conseguiria externar todo o meu agradecimento.

Amigos, a categoria os agradece. A classe de profissionais de brio e decência agradece a esses companheiros e aos advogados que aprendemos a respeitar e admirar como verdadeiros companheiros de luta. Eu e toda a minha chapa, os agradecemos e os admiramos por tamanha competência e espírito de luta.

Pessoas que abraçaram a nossa causa sem pedir qualquer coisa em troca. Pessoas que pregam a dignidade em nosso meio, já tão criticado por todos.

Profissionais incansáveis que traziam brilho nos olhos quando venciam etapas.

Nunca os falei o que digo agora. Há momentos para tudo na vida e hoje, mesmo não sendo um vitorioso pleno neste Pleito, os agradeço por terem dado a vitória à categoria dos árbitros. Profissionais que não merecem o que passam por conta de uns poucos irresponsáveis e descompromissados com a causa da arbitragem, mesmo dizendo o contrário e tentando cortinar o presente com fumaça de um passado de pseudas lutas em favor da classe.

Amigos, não se iludam, o combate foi e ainda será muito duro.

Depois da Justiça.

Como disse acima, era de se esperar tudo que pudesse frustrar o pleito eleitoral. São pessoas que não estão acostumadas com disputa, com democracia, com respeito ao direito do próximo. Carimbam a testa das pessoas e querem fazer disso uma verdade. Estão obsecados pela permanência na Entidade, ou volta a ela.

Nunca houve eleição para a ANAF. Jamais, o árbitro votou em seu representante legal

Lá no início do processo eleitoral, na inscrição da chapa, o último ex-presidente já esbravejava aos quatro ventos que a minha chapa seria impugnada, mesmo antes de eu inscrevê-la. É ou não uma releitura às páginas da ditadura que assolou o Páis em tempos remotos? Levou, inclusive, muita gente a acreditar que seria chapa única, blasfemando contra a minha vontade em concorrer. Zombou até, disse a alguns que passaria como um trator sobre mim.

Não deu outra. Quando apresentei a inscrição da chapa NOVO TEMPO (nome muito apropriado para o momento que vivemos), o veto foi inevitável. O que fôra anunciado com bastante antecipação, se concretizava pela caneta voraz da insensatez.

Mais tarde, com o tempo mostrando a sua cara, pude atestar que era simplesmente medo da disputa. Medo de mostrar a cara para todo mundo cobrar alguma coisa a mais que o exercício de cobrança da anuidade.
Agora o medo é de mostrar com transparência o que se efetivou em três anos de mandato. A que se destinou a arrecadação do dinheiro dos árbitros, dos sindicatos, dos patrocínios recebidos em nome da categoria etc. Certamente, tudo está bem detalhado nos assentamentos contábeis, sob pena de toda a categoria vir a cobrar o que lhe é de direito.

Eles bem sabem que existe Justiça, Tribunais, justamente, para isso e não fariam o que é capitulado nos códigos como ilegal.

Tribunais esses, que agora verificando um amontoado de impropriedades eleitoreiras, de cunho pessoal, com auferição de vantagens meramente individuais, DETERMINOU que se realize nova eleição. Mais ainda, dá como legítima a Junta Governativa eleita pelos senhores Presidentes dos Sindicatos quando da Assembléia de Recife. Ou seja, mesmo com o dissabor de mais uma vez ver frustrada a eleição ganha nas urnas, pelo mais cabal e legítimo processo democrático, estaremos prontos para atender às exigências da Justiça e participar deste novo pleito.

A diferença agora é que, (voltamos ao senhor TEMPO), passamos a conhecer determinadas pessoas que se escondiam sob máscaras até que um dia todas caíram. Sabemos agora quem é quem. Sem maquiagens vamos para mais esse combate.

Não tenho o mínimo constrangimento em pedir apoio dos companheiros e reafirmar os meus compromissos com o fortalecimento dos Sindicatos, da categoria num todo. Tenho enorme orgulho em ter sido escolhido pelo maioria dos árbitros e por quase a totalidade dos Presidentes. Alguns outros não nos deram a honra dos seus votos porque foram honestos com os compromissos firmados com o último ex-presidente. Este é um novo momento e muitas coisas aconteceram para nos ajudar a formar juízo acerca dos fatos ocorridos neste Pleito que se encerrou com a decisão do Mm. Juíz, determinando nova (e limpa) eleição.

Obrigado a todos que lutaram até agora, muito obrigado mesmo!!

Me coloco à inteira disposição de todos os companheiros e, se recursos tivesse, ou vir a conseguir, gostaria de me deslocar a cada Sindicato para uma reunião esclarecedora com toda a categoria do Estado. Vou canalizar esforços para que nesse próximo período eleitoral, eu possa me fazer presente em cada Sindicato desse enorme Brasil. Os Sindicatos que puderem me ajudar neste intuito, peço a gentileza que viabilize o meu deslocamento. Com toda certeza, já será um início dos trabalhos que nos propomos a desenvolver nesses próximos três anos. Serão anos que entrarão para a história da arbitragem brasileira, não tenho receio em tal afirmação porque estou pronto para ser cobrado, por isso deixo registrado nesse meu escrito.

Muito obrigado pela sua amizade e colaboração.

Jorge Paulo

Contato: (61) 8181-4848
3427-2336 (Res)
Visite o blog
http://www.novotempoanaf.blogspot.com/

2 comentários:

Anônimo disse...

Fechando a cerimônia, o sr. José de Assis Aragão, presidente eleito e legalmente empossado, junto com os eleitos e nomeados presentes, prestaram solene compromisso de respeitar o exercício do mandato de de dois anos, de 04/04/04 a 04/04/06. Quando mudou o prazo?

Anônimo disse...

O ANÔNIMO, saia deste seu comportar pernicioso e ovarde, próprio de quem deve e tem rabo preso com o sistema.

Qual o interesse da FPF, em solicitar apoio ao ex-administrador do estádio Paulo Machado de Carvalho, o querido Pacaembú, conhecido pelas 5.000 mil paginas,produzidas no processo administrativo que apurou seu afastamento do cargo que ocupava?

Creio que as mesmas, não sejam de elogios! e pergunto: O porque de sua não divulgação, para nós os pagantes destes impostos escorchantes q. nos cobram?