sábado, 28 de julho de 2007

O circo chegou...



Antigamente, em bairros das cidades grandes ou em cidades pequenas desse imenso Brasil, era uma festa quando o circo aportava. Com pouca ou quase nenhuma opção de lazer, a comunidade frequentava aquelas tendas montadas quase sempre com muita simplicidade, para dar boas gargalhadas, mesmo sabendo que as atrações eram sempre as mesmas. Era uma festa.

Com o perdão que peço aos palhaços "sérios" pela comparação, pois eles nao merecem tamanha ofensa, comparo as eleições da Anaf com os circos que chegavam naquela época tão gostosa das nossas infâncias.

No circo da Anaf, a cada dia uma novidade daqueles que não têm sequer dignidade para pleitear ser o legítimo representante dos árbitros.

Avisemos a esses que não faremos parte do espetáculo que a própria vida deles se tornou. Não seremos protagonistas de tantas outras palhaçadas produzidas por quem nao tem nada a perder.

Para quem já perdeu a diginidade, falta muito pouco para perder a vergonha.

Parece que a crise de decência, ou falta dela, não se verifica somente na política partidária-profissional. Deve ser "fashion", como diz a meninada, ser mau-caráter.
Pelo menos a população assiste a esses espetáculos todos os dias. É só ligar a televisão.

Infelizmente, o nosso circo também está armado desde quando eu resolvi me candidatar à Anaf. O requisito era que eu não quizesse ser decente, correto, transparente.
Enfim, que não fosse eu.
Se eu aceitasse o convite de bastidores, feito por ambos os adversários, para dar continuidade a "sombrias transações", na condição de vice deles, hoje, eu estaria eleito (com eles) e o meu lugar no picadeiro estava garantido. O palhaço aqui não aceitou, lõgico!!

Mais uma brincadeira de palhaço para enganar a platéia.

Os verdadeiros palhaços seriam toda a categoria. Seríamos todos nós enganados por mais três anos, depois dos infelizes e improdutivos últimos três.
Cada um deveria ir para o jogo com aquele nariz vermelho de palhaço e teríamos que solicitar à penalty uma camisa de árbitros bem apropriada.
Seria um modelito com a camisa de colarinho bem largo e cores vibrantes para que os comentaristas de arbitragem pudessem ressaltar no intervalo: "o árbitro apitou bem e continua a desenvolver melhor ainda o papel de palhaço lhe imposto pela sua própria entidade de classe".


A página da Anaf, agora sem censuras, sem um dono, revela que mais um expediente protelatório fôra interposto pelo Sr. Travassos. Candidato que recebeu a "expressiva" votação de 20 colegas que optaram pelo seu retorno. Talvez até por não saberem do que ele seria capaz, vide documentos expedidos pela Comissão Eleitoral, onde este cavalheiro agrava (recorre) da decisão do Juiz que determina nova eleição, depois de ter sido provocada por ele mesmo.
Este parágrafo não dá "processo". Sem chance de ganhar um dinheirinho em cima de mim!!

É a gente olhar no espelho e se sentir mesmo um VERDADEIRO PALHAÇO.

Se até agora foram meses sem resgatar a Anaf desse abismo, poderá ser mais um ano, dois, três...

Não se sente falta porque já foram três anos sem nada ser feito. Ficar mais três não fará diferença nenhuma.
A sensação desagradável nisso tudo é a sensação de palhaço que os donos do picadeiro carimbaram em nossas testas.

De bobo, eles só têm aquelas caras e o jeito de andar.
Foi tudo muito bem articulado e os palhaços (nós) continuamos a engolir esse pudim de arame farpado.
Malas difíceis de serem carregadas.
Um faz pose de bonzinho para a sua platéia e o outro com "expressiva votação" se presta a ser "laranja".
Ou seja, ninguém tem nada a perder. São dois derrotados que não aceitam a derrota. Se revestem com desculpas mais idiotas que já se ouviu. Ambos têm profundos interesses nisso tudo. Não largam o osso porque deve estar podre no tutano. Como dizem os gaúchos, "morrem abraçados".

Mortos já estão, falta sepultar. Mesmo que "vençam" em todos os tribunais, morreu a dignidade de alguém que deseja representar profissionais sérios. Essa não se ressuscita.

Lógico, que eles sabem que não voltarão mais a dirigir a Anaf. O que querem mesmo é continuar no circo falido para ocupar os seus enfadonhos dias e, aproveitando, o ocaso, encobrir o que não será jamais explicado. Com isso já conseguiram sonegar a prestação de contas que deveria ter sido feita "aos palhaços" na última assembléia.

Enquanto isto, ganham tempo, não deixam que projetos sérios sejam postos em prática. Evitam comparação com anos de obscuridade, de falta de transparência com a coisa alheia. Continuam com a falta de honestidade com todos nós.

Assim é fácil, fundar o circo, passar pra dentro e fazer da platéia centenas de palhaços.

Só falta alguém para aplaudir, mas com dinheiro dá prá comprar as palmas.



Mais uma vez, me perdoem os verdadeiros palhaços.



Jorge Paulo, o palhaço eleito.